sexta-feira, 15 de abril de 2011

A Mensagem da Cruz

Paiva Netto

Páscoa, comovente demonstração de que os mortos não morrem. Não obstante crucificado, na Sua Ressurreição, Jesus, o Cristo Ecumênico, proclamou aos quatro cantos do mundo que a Vida é eterna. E essa indelével Mensagem da Cruz nos faz buscar sempre renovadas forças na Prece.

Certa vez, numa de minhas orações a Deus, na esperança filial de merecer Sua piedosa atenção, lembrei-me do grande esforço empreendido por Alziro Zarur (1914-1979) pela vitória da Boa Vontade; do bom senso de Melanchton (1497-1560) e do notável pontificado de João XXIII (1881-1963). Ao elevar minha Alma ao Pai Celeste, senti Sua compassiva influência vibrando em meu Espírito. E não há nesta afirmativa qualquer jactância, porque Jesus ensina que “o Reino de Deus está dentro de nós”.


A Prece

Ó Deus, que sois o meu refúgio, a Vós, outra vez, ergo o meu pensamento e encontro resposta aos meus propósitos.

Longe de mim as cassandras do desânimo, que proclamam um Juízo Final sem remissão, quando sois Vós — em tudo — o Princípio Eterno da permanência pujante de vida. De Vós não escuto o abismo; todavia, a redenção.

Creio no Amor Universal, que conduz à sobrevivência o gênero humano, que é teimoso em subsistir, apesar das muitas ciladas que lhe são dispostas no caminho.

Esta é a minha Fé Realizante, que vive em Paz com as outras; o meu ideal ecumênico de Boa Vontade, que se esforça pela confraternização de todas as nações, por serem formadas por criaturas Vossas, ó Criador Único de Céus e Terra! Sois a Fraternidade Suprema, o abrigo dos corações. (...) Achei-me a mim porque me identifiquei no Vosso Amor. Sois o auxílio conclusivo à minha Alma.

Sinto o meu ser transbordar de alegria. Em Vosso Espírito, reconheço-me como irmão dos meus irmãos em humanidade. Nesse Éden, que é o Vosso Sublime Afeto, não me vejo como expatriado, abatido pelas procelas do desalento. Enfim, me encontrei, ó Deus!, porque Vos encontrei.

(...) No Vosso Divino Seio, achei guarida; sob Vosso Amor, meu seguro teto; no Vosso Colo, descanso para a Alma.

Graças Vos dou, Pai Magnânimo, por me ouvirdes!

Sois integralmente Amor; portanto, Caridade, Mãe e Pai da verdadeira Justiça.

Em Vós habita, com fartura, a genialidade pela qual tantos demandam, pois dela o planeta carece: a Vossa Majestosa Luz, que desce a nós indistintamente, mesmo que não o percebamos.

Confiante em Vosso Critério Sobrenatural, entrego-Vos meu destino, porque a minha segurança de filho está na Vossa Sabedoria de Pai!

Que assim seja!

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com


terça-feira, 12 de abril de 2011

Na Páscoa, a vida vence a Morte

Porque procurais entre os mortos Aquele que vive? Ele não esta aqui, ressuscitou” ( Lc 24,5-6)

A palavra páscoa que vem do hebraico “pessach”, significa passagem, vida nova. Os povos antigos de cultura agrícola celebravam a páscoa como a saída do inverno e a chegada da primavera; os judeus celebram a passagem da escravidão para a libertação, conforme o relato do livro do Êxodo (12:18,19; 13:3-10), e nós cristãos nesta festividade celebramos a passagem da morte para vida nova cheia de transformações, através da ressurreição de Jesus Cristo. A páscoa é sem dúvida a maior e mais importante festa do ano litúrgico cristão, no domingo de Páscoa, esse acontecimento ganha destaque, pois é nesse dia que se comemora a festa da renovação, uma espécie de aniversário da ressurreição. Em toda celebração pascal existe uma força espiritual que impulsiona o ser humano para uma condição nova, desconhecida, de esperança e de amor restaurado.

Porque procurais entre os mortos Aquele que vive? Ele não esta aqui, ressuscitou”( Lucas 24,5-6). Ressuscitou e se faz presente no caminho de todos que buscam na própria vida uma maneira nova e eficaz, de viver o pleno amor de Deus. Ressurreição é sentir que Jesus ao se fazer presente, nos preenche de graças e nos faz libertos das coisas negativas vividas no dia a dia que mundo nos proporciona.

Na sociedade em que vivemos, temos presenciado muitas pessoas que estão eternizando o presente, muitos não querem pensar em uma situação nova, apenas desejam melhorar um pouco a atual, por isso a festa da páscoa fica reduzida a feriado religioso que intensifica a economia: o turismo, o chocolate, o bacalhau. Porém não podemos perder o real sentido, é a beleza sempre nova da Páscoa, a passagem para as primaveras da vida, a libertação das amarras do presente e a ressurreição, que nos impulsiona a agradecer a Deus por ter enviado Jesus para remissão dos nossos pecados. Não podemos perder o verdadeiro sentido que nos leva a festejar a beleza dessa vida transformada em Cristo na Páscoa.

Nessa Páscoa, deixemo-nos revigorar por Cristo nossa força e que Ele possa ser tudo em todos. Que o Espírito do ressuscitado inunde nosso coração e todo nosso ser, para que assim uma vida nova brote em nós e em nossa comunidade. Maria que permaneceu junto a seu filho Jesus na cruz, no sofrimento e por isso contemplou o ressuscitado, nos ajude a também permanecer com Ele e contemplar sua face resplendorosa. Tenhamos todos uma FELIZ E SANTA PÁSCOA!

Érika Mara Vargas

Psicóloga