sexta-feira, 2 de maio de 2008

CONSELHEIRA TUTELAR FOI ASSASSINADA A FACADAS

Agricultor mata conselheira tutelar a facadas em Araçagi
Se tivesse acompanhado a conselheira tutelar Maria Barbosa da Silva, 37 anos, em uma diligência no sítio Chã dos Macacos, zona rural do município de Araçagi, no Agreste, a Polícia poderia ter evitado o assassinato da mulher.
Maria, também conhecida como Genilza, foi esfaqueada por duas vezes, no tórax - pelo dono da casa, o agricultor Zizo de Paiva Sillva, 36 anos, que surpreendeu a vítima depois de, aparentemente, ter concordado com a retirada dos pertences de sua ex-mulher. Diana, 31 anos, com quem vivera por oito anos.
Genilza estava acompanhada por outros dois conselheiros tutelares do município e foi até Chã dos Macacos ajudar a esposa de Zizo a recolher utensílios, objetos e roupas da casa onde viveu até oito dias atrás. Ela deixou o marido por não suportar a violência do seu companheiro, com quem teve três filhos, o mais novo há menos de um mês.
Antes de se deslocarem até a zona rural, os conselheiros estiveram na Delegacia de Polícia de Araçagi e solicitaram escolta policial. Mas não havia viatura que pudesse transportar os policiais até o sítio onde morava Zizo de Paiva Silva. O único disponível estaria quebrado, inservível, sem conserto.
Apesar do risco, os conselheiros decidiram que iriam assim mesmo até a Chã dos Macacos. E lá foram recebidos aparentemente bem por Zizo, que surpreendeu a todos com o ataque de fúria no momento em que os visitantes se retiravam. Ele avançou sobe Genilza e desferiu dois golpes no peito da conselheira. E só não conseguiu alcançar Diana porque foi imediatamente dominado e amarrado na frente da casa pelos dois conselheiros.
A conselheira foi socorrida ainda com vida pelos seus colegas de trabalho, mas morreu a caminho do hospital de Araçagi. De volta à cidade, os conselheiros comunicaram o fato à Polícia. Como viatura não havia, um oficial da Polícia Militar teria alugado um carro particular em Araçagi para poder ir buscar o acusado.
Posteriormente à morte de Genilza, informou-se que Zizo não aceitava de forma alguma a separação. Ele foi levado para a Superintendência de Polícia Civil de Guarabira e de lá para o presídio daquele município. Em depoimento, o acusado assumiu a autoria do crime e mostrou-se arrependido.
Zizo não tem passagem pela polícia, mas apresentaria problemas mentais. Genilza, que era irmã do presidente da Câmara Municipal de Araçagí, o vereador Melkizedeck Barbosa.

Um comentário:

Unknown disse...
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